6.1.06

BR 116



Sentaremos na boca da noite
Acenderemos faróis
Ligaremos alarmes, sirenes
Escoaremos por entre os dedos da vida
A alma em chamas, lanceada, ferida
E então olharemos os passos tristes
Que demos ao longo do caminho
Que antes de ser, todo ser é sozinho
E antes de sermos...
E depois de vermos...
Caídos rotos no alçapão do destino
Cada um é o sonho que teve menino
E em que cofre estará guardado o Amor?
Como o ser pode ser sem...
Amores vendidos
Amores partidos
Amores malditos, na boca de alguém.
E quase sempre assim...
Sigo sendo...
O que sou.
O que for.
O que sobrou de mim.

Para Rodrigo Chagas (Bubute)

Nenhum comentário: