28.8.06

Gaiola


Ainda não sei a cor do caminho, mas vou...
Sem pressa, sem medo, sem pacote
E se ele estiver em flor, eu abro um sol
E se estiver nublado, aparo a queda
Eu vou ali comprar um batom
Tirar uma medida
Tomar uma média
E se ele for setembro, eu fevereiro
E se ele chorar, rabisco a lua
E se ele não for?
Eu nem metade
E se ele não aparecer?
Eu, sim, saudade...
E se ele for Caetano, eu canto o Tom
E se for amanhã?
Eu Djavan...
E se não for bem assim?
E se não for urgente?
E se não for prece?
Eu oração....
Eu busco um guia, carrinho de mão...
E se era pra ontem?
Eu já nem sei.
E se acabou?
Precipitei.
E se ele for saturno?
Eu sou de lua...
E se ele nem souber?
Porra, que intua!
E se desistiu?
Não leu os sinais?
Eu corro atrás.
E se for de mármore?
Eu, astronave.
E se voou?
Um novo amor.

Alyne Costa
Brumado, 28 de Agosto de 2006

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